Márcio
Alessandro de Oliveira[1]
Não deve ler este resumo quem viu e
entendeu todos os filmes de Star Wars. Mas, se você, que está lendo isto agora,
confunde Jornada nas Estrelas com Guerra nas Estrelas, deve ler até ao
fim.
É preciso entender que Star Trek (Jornada nas Estrelas) nada tem que ver com Star Wars: esta série surgiu depois. Em 1977 foi lançado o primeiro
filme, que ao Brasil chegou em 1978. Aqui recebeu o título Guerra nas Estrelas.
Esse primeiro filme era, na verdade, o
quarto episódio de uma série. Era vontade de George Lucas (1944, cidade de
Modesto, Califórnia), autor e diretor do filme, dar à película o subtítulo Episódio IV, mas a Fox não permitiu,
pois achou que o público ficaria confuso. Afinal, não havia filmes anteriores.
Vieram duas continuações; assim, fez-se
uma trilogia. O segundo filme (de 1980) recebeu o subtítulo Episódio V, e o terceiro (de 1983), o
subtítulo Episódio VI. Em 1999, foi
aos cinemas o Episódio I, sucedido
pelos episódios II e III nos seis anos seguintes.
Star
Wars: Episódio I: A ameaça fantasma (lançado em 1999)
Este filme, assim como os outros, NÃO se
passa no futuro: sua história foi “há muito tempo, numa galáxia muito, muito
distante”. Naquela galáxia, há um regime político extremamente falho e
corrupto: a República, com os três poderes: o executivo, na figura do Chanceler
Supremo (na prática, um presidente) e na figura dos chefes dos sistemas e
planetas (democraticamente eleitos), o legislativo, que exercem os senadores, e
o judiciário.
A República era protegida pelos
Cavaleiros Jedi, guardiões da paz e da justiça que usavam a Força, energia que
lhes dava onisciência, premonições e a capacidade de mover objetos sem
tocá-los.
O pequeno planeta Naboo sofreu um
bloqueio ilegal arbitrariamente imposto pela Federação do Comércio, armada até
aos dentes. A rainha, eleita pelo povo, não aceita. Tudo teria sido resolvido
por dois cavaleiros Jedi, Qui-Gon Jinn e seu aprendiz, Obi-Wan Kenobi, se estes
não tivessem sofrido uma tentativa de assassinato na sede da Federação. Depois
de escaparem numa nave que só não foi destruída graças às intervenções de um
robô astromecânico e cilíndrico chamado R2-D2, tiram a rainha do planeta e vão,
numa fuga muito perigosa, ao planeta Tatooine, destino indesejável em que acham
um garoto especial de dez anos chamado Anakin Skywalker, que mora com a mãe o
robô humanoide C-3PO. O mestre Jedi da dupla percebe que a Força é poderosa no
garoto e decide treiná-lo. Tomada a decisão, encontram um Sith, guerreiro de
uma ordem que quer a destruição de todo Jedi. Quando chegam à capital da
República para denunciar ao congresso os abusos da Federação, a Rainha percebe
que o senado, corrupto, não acredita nela. Por sua vez, o Conselho Jedi, que
valoriza muito as opiniões de mestre Yoda, um alienígena baixinho e verde com
mais de 900 anos de idade, nega-se a aceitar Anakin por ouvir do ancião verde
que o menino poderia ir para o lado sombrio da Força, embora ele pudesse ser o
Escolhido, um sensitivo à Força de que fala uma antiga profecia.
No fim, a Federação é derrotada, o
mestre Qui-Gon Jinn morre lutando contra o Sith, chamado Darth Maul, e Anakin
se torna discípulo do ex-aprendiz de Qui-Gon, Obi-Wan. Ninguém sabe se o Sith
derrotado era mestre ou aprendiz. A única certeza era a de que sempre houve
dois Sith: um mestre e um discípulo. O provável era que o mestre de Darth Maul
estivesse vivo, despercebido e inatingível como o fantasma de uma ordem que no
passado causou grandes problemas à ordem Jedi e agora voltava a assombrar a
Galáxia não só como lembrança, mas também como possibilidade de risco aos olhos
dos guardiões da paz e da justiça. Pode-se dizer que um fantasma passa a rondar
a Galáxia...
Ponto importante: O supremo chanceler é
deposto e em seu lugar fica o senador Palpatine, do planeta Naboo (o mesmo
planeta que sofreu o bloqueio da Federação do Comércio).
Star
Wars: Episódio II: Ataque dos clones (lançado em 2002)
Dez anos depois dos abusos da
Federação, a República enfrenta um movimento separatista (de que faz parte a
citada Federação), que pode usar armas para estabelecer um novo governo. O
senado amplia os poderes do chanceler, que usa um exército de clones
misteriosamente encomendado dez anos atrás para proteger a República. Começa,
assim, uma guerra civil que fará com que o senado perca muitos poderes. Antes
dela, o vaidoso e destemperado Anakin vê a mãe morrer na vida real (ele já previa
a morte dela em sonhos). Depois do início da guerra, casa com a senadora Padmé
Amidala, ex-rainha de Naboo, ato proibido pelo Conselho Jedi, que não toma conhecimento
do fato. São testemunhas do casamento R2-D2 e C-3PO.
Detalhes interessantes:
1.
Mostra-se a planta de uma construção esférica que é idêntica a uma
estação espacial presente nos episódios III
e IV.
2.
O chanceler Palpatine diz assumir com “pesar” os poderes a ele
concedidos pelo senado. “Eu amo a
democracia”, diz ele, “eu amo a República”. Com isso tentou expressar que
lamentava entrar em guerra. Esse discurso é hipócrita: não convence mestre
Yoda; e pode ser visto como crítica a Bush, que levou os E.U.A. à guerra contra
o Iraque (o filme foi lançado em 2002).
Star
Wars: Episódio III: A vingança dos Sith (lançado em 2005)
Três anos após o início da Guerra
dos Clones, ela está perto do fim. No entanto, a Constituição foi dilacerada:
fizeram-se muitas emendas, de modo que o chanceler se tornou muito poderoso e
autônomo, características necessárias à rápida tomada de decisões de guerra, mas
perigosas para a democracia. A República se tornou o mal que ela jurara
combater: a guerra enfraqueceu-a enquanto o chanceler Palpatine se fortaleceu. O
Conselho Jedi decide que, finda a guerra, ele será deposto; entretanto, Palpatine,
com mentiras e veneno, manipula Anakin, que fica confuso e dividido. O jovem
Skywalker decide confiar no chanceler, pois só ele pode evitar que sua esposa,
que está grávida, morra como acontece nos sonhos premonitórios que tem...
Palpatine sabe persuadir e manipular:
foi ele quem, com duas identidades, a de chanceler e a de mestre Sith,
controlou os separatistas e, consequentemente, os rumos da Guerra dos Clones. Q uase todo Jedi se torna alvo do poder
político e destruído por traição. Terminada a guerra, o chanceler, cujas
decisões causaram a derrota dos separatistas, declara-se imperador e recebe o
apoio do senado.
No planeta vulcânico de Mustafar, Anakin
luta contra seu mestre, Obi-Wan, e tem as pernas e um braço cortados e o corpo
carbonizado.
O Imperador, também conhecido como Darth
Sidious (todo Sith tem Darth no nome
como aglutinação de Dark Lord of Sith,
ou seja: Senhor Sombrio dos Sith), tem um discípulo, que ajudou a aniquilar a
ordem Jedi: Darth Vader, que não sabe que Padmé Amidala, mulher de Anakin, deu
à luz o filho de Skywalker, Luke. Morre de desgosto logo depois do parto (ela
estava profundamente abalada com os últimos acontecimentos).
Leia é adotada por Bail Organa,
senador de Alderaan (que se tornará vice-rei do planeta), R2-D2 e C-3PO ficam
sob a tutela de Organa (que ordena que seja apagada a memória de C-3PO) e
Obi-Wan Kenobi leva Luke para Tatooine, para o menino ser criado pelos tios sob
a distante e discreta vigilância de Kenobi.
Informação interessante: No DVD, há cenas de cunho político muito
reveladoras (que infelizmente foram excluídas do filme definitivo): Em uma ou
duas delas, um grupo de senadores pede que Padmé faça parte de uma aliança de senadores
cujo objetivo deverá ser apenas garantir que o chanceler se comprometa
formalmente a devolver os poderes que acumulou em virtude da guerra. Isso, para
o grupo, não é o mesmo que se unir ao combatido movimento separatista. Na outra
cena, o grupo, liderado pela senadora de Naboo, vai ao gabinete do chanceler
para pedir que ele assine um acordo pelo qual ele iria se comprometer a
restaurar a democracia depois da guerra, para que não fosse implantada uma
ditadura civil que comandasse as forças militares. O chanceler, porém,
recusa-se a assinar o que for e diz que um compromisso feito de viva voz é
suficiente para os senadores confiarem nele.
Star
Wars: Episódio IV: Uma nova esperança (lançado em 1977)
Dezenove ou vinte anos depois do
surgimento do temível Império Galáctico, a Aliança Rebelde, também conhecida
como a Aliança de Restauração da Velha República, ou simplesmente a Aliança, um
grupo de combatentes que luta contra o Império, obtém dados técnicos da Estrela
da Morte, uma estação espacial esférica do tamanho de uma lua capaz de destruir
um planeta inteiro.
À frente da interceptação dos dados
roubados por uma das equipes rebeldes esteve uma nave que não fez parte da
operação: a da princesa Leia Organa (que também é senadora do planeta
Alderaan). Infelizmente, Darth Vader, o
mesmo Lord de Sith que assassinara cavaleiros Jedi, sequestrou a nave Tantive
IV, em que fugia a princesa e senadora Leia Organa. Antes, porém, de encarar
Vader, a princesa guarda os dados da Estrela da Morte na memória do robô R2-D2,
que, acompanhado por C-3PO, vai a Tatooine, à procura de Obi-Wan Kenobi.
Os robôs vão parar na fazenda de Luke
Skywalker, que os leva ao velho Jedi. Com a ajuda do rapaz e do contrabandista
Han Solo e seu companheiro, Chewbacca, o velho toma o caminho para Alderaan,
onde entregaria os planos da Estrela da Morte ao pai de Leia. No entanto, o
planeta havia sido destruído pela estação, e a nave de Solo é puxada pelo raio
de tração da Estrela da Morte.
Nela, Kenobi enfrenta Vader, e Luke,
Han, Chewbacca, R2-D2 e C3PO resgatam Leia. Livre, a princesa se dirige à base
secreta da Aliança, que fica numa lua de Yavin (Yavin 4), onde se analisam os
dados da Estrela da Morte e se acha um ponto fraco, que, depois de atingido por
um tiro de Luke, que usa a Força, desencadeia a explosão da estação espacial.
Informações importantes:
1.
Esse foi o primeiro filme lançado (e no Brasil ficou inicialmente
conhecido como Guerra nas Estrelas),
mas, como se vê, conta a quarta parte da história.
2. As ideias para Star Wars,
inspiradas em Flash Gordon (que dos
quadrinhos foi para o cinema em 1936), foram condicionadas por um governo
anterior ao lançamento do Episódio IV.
Trata-se do regime de Richard Nixon, republicano eleito em 1968 para ser
presidente e reeleito em 1972. Foi ele o terceiro presidente ianque a lidar com
a Guerra do Vietnã, em que forças internacionais alinhadas com a extinta União
Soviética e China deram apoio ao lado vietnamita do norte, ao passo que os E.
U. A. deram apoio ao lado do sul. A Aliança Rebelde é claramente inspirada nos
vietnamitas do norte, um grupo menor e mais fraco do que as forças imperialistas
estadunidenses. Embora Nixon tivesse conseguido trazer de volta os prisioneiros
de guerra, esteve envolvido no escândalo do caso Watergate. A Guerra do Vietnã
dividiu os E. U. A. em dois, e foi inevitável o sentimento gerado pela derrota
que naquela guerra sofreram os americanos.
3.
A batalha que termina com a destruição da Estrela da Morte é conhecida
como Batalha de Yavin. Ela é marco cronológico: é comum um acontecimento ser
situado antes ou depois dela, assim como fatos históricos são situados antes ou
depois de Cristo.
Star
Wars: Episódio V: O Império contra-ataca (lançado em
1980)
O Império encontra a nova base
Rebelde, que é impiedosamente atacada por Vader e sua tropa. Leia, Han Solo,
Chewbacca e C-3PO fogem, e Luke e R2-D2 vão ao planeta Dagobah por sugestão de
Obi-Wan Kenobi. Lá, Luke conhece o exilado mestre Yoda (o mesmo do Episódio I), que decide treinar o jovem
Skywalker. Enquanto ele é treinado, Leia e Han, que se apaixonam um pelo outro,
vão buscar refúgio na Cidade das Nuvens, do planeta Bespin, onde mora Lando, um
velho amigo de Han. Depois de algum tempo e uma boa recepção, a princesa e o
ex-contrabandista descobrem que Vader já havia chegado lá antes deles. Leia é
poupada e supostamente tem o direito de fugir; Han, contudo, é torturado por
Vader para que Luke, através da Força, note o sofrimento do amigo e vá ao seu
resgate, ou seja: a tortura de Han é uma armadilha para Skywalker. Luke
interrompe o treinamento contra a vontade de Yoda e Kenobi e enfrenta Vader, que
faz uma revelação terrível. No fim, Luke e Leia escapam, mas Han não: ele fora
congelado para ser entregue a Jabba, um mafioso a quem Solo deve dinheiro.
Star
Wars: Episódio VI: O retorno de Jedi (lançado em 1983)
Luke, Leia, Chewbacca, Lando, R2-D2
e C-3PO resgatam Han Solo. Luke visita Yoda pela última vez. O velho Jedi
morre; depois, Luke tem uma conversa reveladora com Kenobi não só sobre Anakin
Skywalker, mas também sobre sua irmã gêmea, que fora separada dele para que o
imperador não os encontrasse. Afinal, eram filhos do Escolhido, e portanto
deviam ser uma ameaça em potencial ao mestre Sith que derrubara a República e a
democracia.
Ciente da verdade, Luke se une à Rebelião
e, ao lado de Leia e Han, toma ciência dos últimos feitos da Aliança: Ela
enviara espiões que descobriram que a nova Estrela da Morte, ainda inacabada, é
protegida por um campo de força gerado a partir de uma base que fica numa lua
de Endor, base a que espiões rebeldes tiveram acesso graças a um código que
descobriram à custa das próprias vidas. Os rebeldes entram em ação para
destruir a base e assim permitir que naves da Aliança destruam a estação. No
entanto, isso não é tarefa fácil.
Luke nota a presença de Vader e decide
enfrentá-lo. Os dois vão à Estrela da Morte, onde Luke conhece o imperador, que
assiste ao duelo entre o jovem Jedi e o Sith.
Morrem Vader e o imperador: este sendo
mau até ao fim, aquele depois de arrepender-se e assumir sua verdadeira
identidade: a de um Jedi (daí o subtítulo O
retorno de Jedi). Luke leva o cadáver do redimido Vader; logo em seguida, a
segunda Estrela da Morte explode.
Depois de cremar o corpo de Vader (num
funeral que merecem os cavaleiros Jedi mortos), Luke se une a Han e Leia na
comemoração da Aliança. Toda a Galáxia comemora a morte do imperador.
Subentende-se que a Rebelião finalmente conseguiu projetar a luz da liberdade
com uma chama que nunca se apagou em meio a tantas tempestades na Galáxia, onde
certamente os rebeldes fundarão a Nova República.
Curiosidades:
1.
O subtítulo Return of the Jedi
deveria ter sido traduzido por O retorno
dO Jedi, mesmo se não houvesse o the no
original.
2.
Durante as filmagens, espalhou-se o rumor de que o subtítulo do filme
seria Revenge of the Jedi (A vingança do Jedi), mais parecido com o
do Episódio III.
Star
Wars: Episódio VII: O despertar da Força (lançado em
2015)
George Lucas chegou a planejar nove
filmes de Star Wars (e há quem diga que teria planejado doze, um rumor que
decididamente exige apuração de fatos), mas desistiu da ideia e se contentou
com seis. Contudo, em 2012 vendeu os direitos da série para a Disney, que no
mesmo ano anunciou o sétimo filme, cuja estreia foi em novembro de 2015.
Trinta anos depois da queda do Império e
da morte de Darth Vader, a Primeira Ordem, surgida das cinzas do derrotado
regime político do Imperador, age com um único propósito: derrubar a Nova
República e tudo aquilo por que Leia e os outros heróis tanto lutaram. Não
bastassem as ações de Snoke, o Líder Supremo da Primeira Ordem, Luke Skywalker
está desaparecido. Por isso, a General Leia Organa ordena que o mais valente
piloto da Resistência, a qual defende a Nova República, vá a um planeta onde
vive a única pessoa que tem a pista indispensável à tarefa de encontrar o
cavaleiro Jedi.
Entretanto, o piloto, chamado Poe
Dameron, não é o único que deseja encontrar Luke: a Primeira Ordem também
deseja, e é justamente por esse motivo que Kylo Ren, seu leal seguidor, vai ao
mesmo planeta. Nele, encontra e sequestra Poe, que, antes de confrontar seu
antagonista, consegue garantir a fuga do robô BB-8, que foge com parte do mapa
que pode revelar o paradeiro de Luke.
Por “coincidência”, BB-8 encontra Rey,
uma garota sensitiva à Força que conhece Finn. Ao lado dele encontra Han Solo. Depois
de serem atacados pela Primeira Ordem, Rey é sequestrada por Kylo Ren, que
descobre que a Força é poderosa nela. Enquanto isso, os heróis descobrem que a
Primeira Ordem planeja destruir a base da Resistência usando a Star Killer, uma estação bélica do
tamanho de um planeta com poder para destruir cinco planetas de uma vez. Cabe
aos pilotos da Resistência destruir a Star
Killer, ao passo que a Finn e Solo coube a missão de enfraquecer o campo de
força de proteção da base inimiga. Tais operações culminam num confronto entre
Kylo Ren e Rey. Esta, apesar da falta de treinamento, consegue superar e
subjugar Kylo, líder dos cavaleiros de Ren, isto é: líder de uma ordem que não
é nem Jedi, nem Sith.
Universo
Expandido
Todas as histórias que se passam
anos antes do Episódio I ou séculos
depois do Episódio VI ou mesmo entre dois episódios da série formam o Universo
Expandido, contado em livros, revistas em quadrinhos, séries, desenhos animados,
livros (romances), etc. Uma história que se passe 3.000 anos antes da Batalha
de Yavin, por exemplo, faz parte do UE, cuja canonicidade às vezes é
discutível.
(Duque
de Caxias, RJ, 13/10/2017; Guarapari, 12/6/2020.)
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