(A
todas as normalistas de Imbariê, 3º Distrito, mas principalmente à bela, doce,
pura, meiga e inocente Gina.)
“Pernas de estátua, era-lhe a imagem nobre e
fina./ Qual bizarro basbaque, afoito eu
lhe bebia/ No olhar, céu lívido onde
aflora a ventania [...].” (Baudelaire,
“A uma passante”, traduzido por Ivan Junqueria.)
“Tooku e tooku e/ kaze fuiteru.” (“Para longe, para longe sopra o
vento.”) (Ryou Asuka,
letrista interpretado pela cantora Yuki Kuroda.)
Em
paz, na hora da entrada ou saída, vou correndo pra te olhar.
Rapaz
sou um que fica indo à escola só pra te ver passar.
Quero
estar a teu dispor e te despir do que te inibir.
Vou
ao seu norte do sul vendo branco sobre azul.
Normalista,
normalista, faço um canto de amor!
Normalista,
normalista, sopra o vento a meu favor!
Cantar
encantado eu vou pra te conduzir sob o sol.
Andar
vou com você até um canto pra estarmos a sós.
Carregarei
seus cadernos um por um, pode anotar.
Quero
ao altar te levar e um elo anelar entre nós.
Normalista,
normalista, faço um canto de amor!
Normalista,
normalista, sopra o vento a meu favor!
Pétalas
azuis
São
um céu que reluz
Mar
com brisa seduz
Brasas
pra te abraçar!
Normalista,
normalista, faço um canto de amor!
Normalista,
normalista, sopra o vento a meu favor!
Sigo
o rastro
Das
tuas três quartos
Contando
os passos
Até
os seus dezoito.
(Márcio
Alessandro de Oliveira, fundador da Antiacademia Imbariense de Letras (www.antiacademiaimbariense.blogspot.com.br). Santa Lúcia, Imbariê, 22/11/2017. Correção no crédito da segunda epígrafe:
27/11/2017.)