(À bela, doce, pura, meiga e inocente Gina.)
“A rosa, bela infanta das sete
saias
e cuja estirpe não lhe rouba,
entanto,
o ar de menina, o recatado encanto
da mais humilde de suas aias,
a rosa, essa presença feminina,
que é toda feita de perfume e alma,
que tanto excita como tanto acalma,
[...] Rosa, ó fiel promessa de ventura
em flor... rosa paciente, ardente,
pura!”
(Mario
Quintana.)[1]
“De seres ímpares ansiamos prole
Para que a flor do belo não se
extinga [...].”
(William
Shakespeare, trad. Ivo Barroso.)[2]
És flor ao redor da qual gira o sol:
Mesmo antes das dezoito primaveras,
Encantado em ti canta o rouxinol,
Que vê a coroa em forma de pétalas.
És o centro: minha atenção orbita
Toda a tua irresistível ternura,
De uma princesa inocência infinita,
Puro sonho, uma fantasia pura.
Em toda igreja mereces o altar,
Vitrine contemplável numa missa
Em que, de joelhos, iria eu rezar
À que me rege, a minha suserana.
Regente desabrochada e florida,
Governas meu coração, soberana.
(Márcio Alessandro de Oliveira. Santa Lúcia, Imbariê, 3 e 4/12/2017.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário